sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Regresso em grande!


 Olá, olá meu querido Jonny!! Continuo vivinha da silva, sim! Já devias saber como é a vida, ora não se tem nada para fazer e anda-se com a preguiça, ora se tem um cento de coisas para fazer e anda-se com a preguiça também... Resumindo, durante todo este tempo ausente estive com preguiça. Mas agora, aqui estou e pimba!!
Não penses que durante este tempo todo que me descuidei dos meus livrinhos, nã nã nã! Nunca! E, muito sinceramente e em modo de confissão, cada vez acho mais que sou viciada nos livros... Tenho-te a dizer que é tortura ir ao Continente ou à Bertrand! É desumano! Para o que me foi dar...
Numa das minhas idas ao Continente com o objetivo de comprar mantimentos para mais um par de semanas longe de casa, deparei-me com mais uma das belas, amigáveis e sempre bem-vindas promoções de livros... Já se está a ver o que aconteceu a seguir, não é? Num segundo perdi-me, num segundo ganhei o meu dia!! Encontrei entre uns tantos, este livro que curiosamente não caiu do céu, mas caiu na minha vida e sou mais feliz por isso. Chama-se "O livro que desceu do céu" e é do italiano Ahmad Vincenzo.
Para mim, este livro é daqueles livros que se demora a encontrar, mas que quando se encontra não se resiste a deixá-lo ficar numa estante. É um livro, que num mundo virado do avesso, aparece cheio de alma! Este livro fez-me ver o islão, o judaísmo e o cristianismo com outros olhos. Fez-me ver que todos precisamos de alguma coisa em que acreditar, o que muda é o nome e a intensidade com que o fazemos. Em cada folha, vê-se a magia e misticidade das religiões, vê-se amor e entrega em algo que na maior parte das vezes não se vê, nem se sabe se está lá ou não.
Até à próxima, Dear Jonny Books.

P.S.: nunca te esqueças que serás sempre o meu livro favorito.

terça-feira, 17 de junho de 2014

"Nunca Digas Adeus"


Olá Dear Jonny! Este foi o livro que levei para a República Checa. Confesso que não demorei muito tempo a devorá-lo até porque este livro dava um autêntico filme! Ias adorar!! Está repleto de suspense e nada é o que parece. Eu bem que achava que a Susan era uma santinha e que só tinha matado o médico e a rececionista da clínica médica que negligenciaram a sua filha que acabou por falecer, unicamente por o seu mundo ter desabado e não conseguir suportar uma perda tão grande. Confesso que me fez questionar o que faria qualquer outra mãe, que ama incondicionalmente o seu filho e que ele era tudo o que ela tinha, no seu lugar. O que faria eu própria se fosse eu. É verdade que "olho por olho" não é justiça e muito menos humano, mas o amor é controverso, por isso é que é amor.
Durante grande parte do livro fui levada a sentir alguma solidariedade pela Susan, que teve aquilo que se chama uma vida de cão: um irmão mais velho invejoso que a  tentou matar enquanto jovens, que nunca quis saber da família e a quem o pai achando que o devia compensar lhe deixou toda a herança; um pai que não se importava com ela, e via-a mais como uma empregada doméstica do que que uma filha, nunca lhe reconhecendo valor; uma mãe doente que a levou a desistir de viver a sua própria vida para cuidar dela; o homem, pai da sua filha, que a fez sentir amada e valorizada mas que a ia abandonar em prol de continuar o seu estilo de vida; um namorado que surge depois a sua filha ter falecido e que lhe traz a vontade de viver, mas que a engana, rouba-lhe o pouco que tinha,  maltrata-a, humilha-a e trai-a com outra mulher com a qual tem de viver na mesma casa.
Aquilo que vivemos molda aquilo que somos e, no caso da Susan, a vida fez dela uma assassina.
Pelo outro lado há Beth, que embora também tenha tido uma vida bastante difícil: pai snob que maltrata os filhos e a mulher, gasta todo o dinheiro, um preguiçoso que não quer trabalhar; mãe sem coragem e típica vítima de violência doméstica que continua a viver num inferno por pensar que é o melhor que pode proporcionar aos seus filhos; violada na adolescência. Contudo e apesar de todas as sequelas que ficam, Beth consegue ser bem sucedida e formar-se em direito.
Susan e Beth foram grandes amigas durante a infância, mas a vida separou-as. Até que as junta outra vez quando Beth é destacada para ser advogada de Susan.
Eu sei o quanto tu adoras um bom drama, por isso, meu querido, só te tenho a dizer: bom apetite!
Até ao próximo livro,
Da tua Dear Sara Books.
 
P.S.: Nunca te esqueças que serás sempre tu o meu livro favorito.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Não tem nada a ver com livros, mas é muito "cool"

Meu querido Mr. Books! Eu sei... abandonei-te! Mas já cá estou de novo com mil pedidos de perdão! A "vidola" tem andado assim muito para o atarefada... Isto de estar a milhas da minha terrinha tem que se lhe diga! É bem bom, sim é, mas também desgasta (no bom sentido, com certeza). Até agora tem sido tudo à grande e à portuguesa!!!
Lembraste do truque das pupilas? Pronto, o que te quero falar não tem muito a ver, mas roça lá um bocadinho... Então não é que estava eu a ver os posts do New York Times e me aparece à frente dos olhos este título: "Can you spot the liar?". Ora muito bem, toda gente gosta de apanhar alguém a mentir só para ter aquele gostinho de dizer "apanhei-te! querias passar-me a perna, mas apanhei-te danado!" e disfrutar com toda a malícia "boazinha" a que temos direito. Eu aceitei o desafio e ainda ajudei numa investigação para a Universidade de Chicago (se não estou equivocada), nos States...
Vê lá se arranjas um tempinho para fazeres alguma caridade e veres se apanhas os mentirosos! Aqui vai o link: http://www.nytimes.com/interactive/2014/03/21/science/can-you-spot-the-liar.html?_r=0

 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

"Sei o que estás a pensar"

Olá Mr. Books! Sim! Afinal ainda estou viva... Já devias saber que quando se regressa a casa, à minha verdadeira casa, o coraçãozinho fica sempre doido e só quer matar saudades, quer fazer tudo e ao mesmo tempo não fazer nada. Decidi não o contrariar e assim fiz tudo e não fiz nada. E foi tão bom!
Já estamos em 2014 e eu ainda continuo a saber o que estás a pensar!! Por isso, escusas de te fechar em copas no que quer que seja!
Agora falando de coisas interessantes e depois de tanto doce devorado, toca a esmiuçar o "Sei o que estás a pensar", do senhor alemão Thorsten Havener... Já te fui dando algumas luzes e, muito provavelmente, a tua vida ficou bem interessante face áquilo que descobriste, principalmente no lado do amor e da possibilidade das trocas de saliva com a rapariga ou rapaz (para que saibas que comigo estás à vontade, tanto vale, desde que tu gostes e queiras) dos teus sonhozinhos. O que o Thorsten faz ao longo do livro é contar experiências suas dos espetáculos ao mesmo tempo que nos faz ver as coisas com outros olhos e nos dá truques que qualquer um pode fazer (até mesmo tu!).
Dos muitos truques que este livro tem para te ajudar a  fazer boa figura e te armares em sabichão, gostei especialmente do das pupilas (que já te falei anteriormente) e o da moeda.
O truque da moeda que consiste em algo assim: precisas de uma moeda de 2€, uma de 20 cent. e uma de 1 cent.; coloca-as numa mesa diante da pessoa para a qual te queres exibir ou que escolheste para ser a tua cobaia; viras costas e pedes-lhe para pegar na moeda de 2€ com uma mão e as outras duas moedas (a de 20 cent. e a de 1 cent.) que restam juntas na outra mão; a "cobaia" deve fechar bem os punhos e estender os braços, tal como no típico "adivinha em que mão está a moeda; deves voltar-te para a "cobaia" e apontar para a mão esquerda dela e pedir-lhe que multiplique o valor da moeda que está nessa mão por 7; saberás em que mão está cada moeda com base no tempo em que a "cobaia" demora a fazer os cálculos, ou seja, se ela tiver nessa mão a moeda de 2€, o cálculo será 2x7 = 14 e o tempo para o cálculo será bem mais curto do que se ela tiver nessa mão as moedas de 20 cent. e de 1 cent, já que ela teria de fazer o cálculo de 21x7 = 147 (quase que é necessária uma máquina calculadora!).
Já viste? Quem diria que pode ser assim tão simples se fazer boa figura...
Ainda há outra coisinha que uma vez te prometi que contava e que ias ficar boquiaberto e que depois não cheguei a conta-lo é sobre a postura da cabeça e do pescoço e que nós nem damos conta, por nos ser tão inato. Então é assim: quando nós olhamos para um bebé ou uma criança inconscientemente começamos imediatamente a comunicar de uma forma não-verbal com ele/a, de forma a transmitir-lhe que não somos perigosos, que não lhe queremos fazer mal, que pode confiar em nós. Mas então o que é que fazemos sem abrir sequer a boca? Inclinamos a cabeça para um lado e mostramos uma parte muito sensível do nosso corpo - a artéria carótida.
 
Até ao próximo livro,
Da tua Dear Sara Books.
 
P.S.: Nunca te esqueças que serás sempre tu o meu livro favorito.

sábado, 14 de dezembro de 2013

"O amor é fofido"

 
Meu Dear Jonny, segundo o Miguel Esteves Cardoso, o amor é fodido! E ai não que não é!
O amor é fodido e nós fodêmo-lo a toda a hora (bem verdade!) e todos os dias, até mesmo ao sábado e ao domingo... É que nem um dia para descanso semanal lhe damos, quanto mais dois. Somos fodidos quanto fodemos, normalmente. Somos fodidos quando o temos. Somos fodidos, igualmente, quando não o temos ou temos falta dele. Com isto, a conclusão é bem fácil: com ou sem amor fodemo-nos, por isso a bem ou mal, mais vale sermos fodidos com amor do que sem ele, porque ao menos o saldo, em algum momento, é positivo.
Jonny, a vida é bela, é sim senhor! Mas é fodida...
Fugindo a tanto "foder", a verdade é que gostei do livro... Gostei muito, mas não percebi ponta da história. Se calhar é esse o objetivo. Não perceber. Porque afinal o amor é fodido. O amor é fodido e aí está... Eles não podem viver um com o outro, mas também não podem viver um sem o outro. Realmente, é fodido! (ou então o meu cérebro não teve capacidade para perceber, triste de mim!)
Sabes?! Este livro fez-me perceber uma coisa (pronto, não foi só uma, mas esta é a que importa)... Não é a vida que nos fode, são as pessoas (esquece o lado porco que o que acabei de escrever possa conter... lava-me esse cérebro com lixivia!). A vida tal como nós é uma vítima e também ela é fodida por alguém.
 
Até ao próximo livro,
Da tua Dear Sara Books.
 
P.S.: Serás sempre tu o meu livro favorito.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Oh "In Sexus Veritas", porque me cativas?

Jonny, Jonny! Estou a ficar profundamente irritada! Então não é que o Pedro Chagas Freitas não para de publicar excertos do seu livro "In Sexus Veritas" e o bichinho devorador de livros dentro de mim está a crescer que nem um louco! Lê-me só isto e diz-me se é possível resistir... é que ainda por cima se lhe encomendar-mos por e-mail vem autografado! Porque é que ele não escreve pessimamente mal? Porquê? Isto dá cabo de mim... Mas estou-me a ver obrigada a adquiri-lo (o livro).
 

"Só interessa o que és capaz de fazer com tudo o que tens à mão;
tens de viver com a vida que tens à mão;
tens de a usar para teu proveito; tens de a explorar; tens de a sacanear se for necessário;
tens de viver com a vida que tens à mão.”

“O amor: aqui está a besta que toda a gente pensa que justifica tudo.
Todas as sacanices têm um amor que as justifique.
Mataste alguém? Sua besta. Ai foi por amor? Então não tem mal.
Traíste alguém? Sua besta. Ai foi por amor? Então não faz mal.
Cuspiste para o chão? Sua besta. Ai foi por amor? Então não faz mal.
Então não faz mal: aqui está uma boa definição do que o amor não é.
Até as letras mudas têm muito para dizer.”
 

“Não sei se o devia ter feito, mas fiz: aqui está uma boa definição de amor.”

“Todos os dias vou adormecer aqui, a ouvir-te respirar. Todos os dias vou acordar aqui, a ouvir-te respirar. E a felicidade existe. Ouvir-te respirar é a prova de que a felicidade existe.”

sábado, 7 de dezembro de 2013

Sexta-feira à noite e uns tantos filmes

Meu querido Jonny Books, bem sei que te abandonei por dois diazinhos mas lá teve de ser...
Bem, o que importa é que estou de volta e com mais uns quantos episódios de séries vistos (tenho-te a dizer que a "Reign" é fantástica e numa só assentada, não resisti e tive ver todos os episódios até ao mais atual!) e filmes... Por falar em filmes, dei de caras com 3 que, de algum modo, mudaram alguma coisa dentro de mim. Tens de vê-los!!! O primeiro foi o "Jane Eyre" (baseado no livro de Charlotte Brontë) e, por muito lamechas que te possa vir a parecer, eu quase que chorei com o discurso dela quando pensa que o seu grande amor vai casar com outra (qualquer dia mostro-to). É lindo! E aquelas palavras não me saem da cabeça... "Sou uma máquina sem sentimentos? Acha que por eu ser pobre, obscura, simples e insignificante, eu também não tenho alma e coração? Tento tanta alma e coração quanto o senhor. Se eu fosse abençoada com beleza e riqueza, seria tão difícil para si deixar-me quanto é para mim deixá-lo a si. Não falo para si através de carne mortal. É o meu espírito que se dirige ao seu espírito, como se passássemos pela sepultura, e fôssemos iguais aos pés de Deus - como nós somos!" Oh Jonny, a pobrezinha da Jane fala com o coração na boca! É impossível ficar-se indiferente...
Outro filme que vi foi o "Streetballers" e confesso-te que vê-lo foi quase como levar uma chapada na cara! Nunca me vou esquecer de uma frase do Jacob (que tinha um futuro brilhante como jogador de basquetebol e é brutalmente assassinado por uma estúpida disputa de gangs - como é possível que a porcaria dos egos e da necessidade de superioridade sejam mais importantes que a vida!) "Quando pensas que estás a trabalhar arduamente, há alguém por aí, tal como tu, que está trabalhar duas vezes mais arduamente". Jonny, o rapazito que lá, também é morto tem mesmo razão... quando se é boa pessoa e se trata os outros com respeito e amabilidade, não há nada a temer e olha que se todos pensássemos assim, acho que seríamos muito mais felizes.
O último foi "Finding Forrester" que todo ele é uma lição de vida... Sabes quando se fala do senhor Fernando Pessoa no ensino secundário? É tudo uma grande treta! E no filme, de certa forma, trata isso. É horrível e mim irrita-me, profundamente, quando os outros se apoderam das palavras de uma outra pessoa e assumem saber aquilo que ali se diz com uma leviandade do caraças! Uma coisa é identificar-se e rever-se naquilo que está escrito (isso, sim, é mágico!), outra coisa é julgar que se sabe exatamente aquilo que o verdadeiro autor queria dizer e o que estava a sentir e isso é uma grande aldrabice!  Aquilo que o William Forrester diz no final ao Jamal não é apenas um resumo de todo o filme, mas também das nossas vidas, por mais que nos custe a aceitar somos uns grandes medricas (tu és muito, mas eu também sou)! "Fugimos dos nossos sonhos com medo de falhar ou pior, com medo de sermos bem sucedidos."
 
Isto foi só para que saibas que eu não "papo" só livros, também "papo" outras coisas!